quarta-feira, 18 de julho de 2018

Fogo na água

Mesmo a intensidade mais incandescente
Sucumbe tamanha pressão
Imerso não há ar que sustente
molhada combustão
Perde‐se o desejo em lágrimas torrentes
Esfria corpo nu em abandonada ilusão
Afundando, não há palavra que esquente
Nada se ouve mergulhado na solidão
Sufoca sofejos, ansejos e beijos ausentes
Engole delírios, suspiros, perdão
Do que poderia ter sido futuro presente
Sobrou fogado pavio coração.

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